“Não gosto dessas coisas”, resmungou Moncho Monsalve na entrevista coletiva de quinta-feira. O tema era a preferência por um ou outro adversário nas semifinais da Copa América. O técnico afirma que só pensa em ganhar, não importa quem estará do outro lado da quadra até a decisão. Mas a partida desta sexta contra Porto Rico, às 22h (de Brasília), tem apenas três serventias para a seleção brasileira masculina de basquete: manter a invencibilidade, descansar alguns titulares e saber se o rival nas semis será a Argentina ou o vencedor de República Dominicana x Canadá.
O SporTV transmite a partida ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real. Como a tempestade tropical Érika foi rebaixada a depressão tropical, a programação da Copa América foi mantida para esta sexta.
As contas começam simples: se o Brasil vencer, mantém a campanha invicta e confirma o primeiro lugar do grupo. Assim, enfrenta na semifinal o quarto colocado, que sairá do confronto entre dominicanos e canadenses, às 19h30m. Em caso de derrota, a matemática já complica um pouco.
Se o Brasil perder e a Argentina também tombar diante do Uruguai, às 17h, Porto Rico assume a liderança. A equipe verde-amarela cai para o segundo lugar e encara os hermanos na próxima fase.
Em caso de derrota brasileira e vitória Argentina sobre a Celeste, haverá um empate triplo entre brasileiros, portorriquenhos e argentinos. Como os confrontos diretos se anulam, a definição das vagas vai para o saldo de pontos nos jogos entre os três.
Se o Brasil perder por até cinco pontos – em caso de vitória argentina – mantém o primeiro lugar e pega o vencedor de República Dominicana x Canadá. Se cair diante dos portorriquenhos por mais de seis pontos de diferença, o confronto será com os hermanos.
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Alheio à matemática, Moncho Monsalve só quer saber de derrotar os donos da casa – ainda que, para isso, precise poupar Leandrinho e Tiago Splitter. Os dois se recuperam de lesões e só estarão em quadra se tiverem 100% de condições.
Apesar do clima quase amistoso, a seleção coloca em jogo nesta sexta uma campanha perfeita de sete vitórias em sete partidas. Desta vez, no entanto, a tendência é que enfrente um ginásio lotado e um adversário que tem o histórico recente de complicar a nossa vida.
Em 2007, no Pré-Olímpico de Las Vegas, o Brasil ainda não era comandado por Moncho e sofreu uma de suas piores derrotas da história recente: 97 a 75, com 34 pontos de Leandrinho e atuação apagada de todo o restante da equipe verde-amarela. Quem brilhou por Porto Rico foi o ala-armador Larry Ayuso, com 24 pontos e cinco chutes certeiros da linha de três. O armador Carlos Arroyo e o pivô Peter John Ramos também foram bem naquela partida. Todos estarão presentes nesta sexta.
Dois anos depois do tropeço, Moncho Monsalve quer ver a seleção com outra mentalidade.
- Jogo para ganhar e espero que o grupo pense assim também – sentenciou.
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